Eis a oração de uma criança:
“Senhor faz de mim um aparelho de televisão, para que meus pais me tratem como eles tratam o televisor”. Para que olhem para mim com o mesmo interesse com que olham para a tela de TV; especialmente, quando minha mãe assiste sua novela favorita e meu pai o seu esporte predileto. Quero falar como aqueles homens, pois quando elem falam, toda a família fica em silêncio, para ouvir bem o que eles têm a dizer.
Gostaria de ver a mamãe se admirar de mim, como ela se admira, quando vê a última moda da TV. Gostaria que meu pai risse comigo como ela faz, quando os artistas contam suas piadas. Gostaria que meus pais me dessem a atenção, quanto dão ao televisor. Quando este não funciona, imediatamente mandam chamar o técnico para consertá-lo.
Eu gostaria de ser um televisor e, assim, ser o melhor amigo e a pessoa mais importante para meus pais. Oh! Papai do céu, se tu me transformares num televisor, novamente teria pais e poderia me sentir feliz. Deus faz de mim um televisor, em nome de Jesus”. Amém!
Diante da história em tela, não é muito difícil compreendermos o nível de deficiência no que tange ao relacionamento familiar, existente nesse lar e o grau de sofrimento dessa criança. Infelizmente em alguns lares por esse imenso Brasil essa cena se repete com muita freqüência. Que Deus ilumine o entendimento de cada família no sentindo de não permitir que interferências internas e externas impeçam o cultivo do diálogo, da atenção, do carinho e principalmente do amor.
Diletos pais concedam às suas famílias o tempo necessário para que elas sintam-se amadas e respeitadas, afim de que seus filhos e netos tenham o aconchego e a orientação que precisam, tornando-se pessoas fortes, felizes e úteis para a sociedade.
Pr. Sullivan Eduino
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