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Da Ascom da Fieac
Qui, 16 de Dezembro de 2010 14:23
Desempenho do setor da construção civil, eleições e exportações de laminados impulsionaram setor produtivo local
Presidente Francisco Salomão, destacou importância da indústria para o Acre (Foto: Assessoria)A atividade industrial acreana se manteve em crescimento durante todo o ano. Além do aquecimento do setor da construção civil, que foi crucial para os resultados, merece destaque também o aumento das vendas na indústria de transformação.
Os segmentos de confecções, gráfico, alimentos e madeira/móveis - que registraram bons momentos nas vendas reais e nível de emprego - foram motivados, respectivamente, pelas eleições, políticas de transferência de renda, aumento do salário mínimo, aumento da massa salarial e do crédito pessoa física.
O setor de madeira/móveis, por sua vez, vem se destacando devido às exportações de laminados e compensados. "Levando-se em conta o desempenho do nível de emprego na indústria da construção civil - que de janeiro a novembro registrou crescimento acumulado de 17,34% -, os índices obtidos na indústria de transformação e feitas, ainda, as devidas ponderações e ajustes necessários, poderíamos afirmar que a taxa de crescimento real do PIB industrial acreano em 2010 poderá ter sido de 14%", analisou o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), João Francisco Salomão.
Esse foi o resultado das pesquisas de fim de ano realizadas pela FIEAC, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), em parceria com o Centro de Ciências Jurídicas e Sociais Aplicadas da Ufac. Para 2011, a previsão é de que o PIB do setor industrial acreano tenha crescimento em torno de 14,7%, enquanto que o PIB do Estado - que foi de 7,3% neste ano - ascenda a 8,3%.
Essa perspectiva se deve à manutenção do volume de obras públicas (PAC 2), que manterá o segmento da construção dinâmico e impactará em setores chaves da indústria de transformação (cerâmico, madeireiro etc). Além disso, deve-se observar o desempenho em ascensão da indústria florestal madeireira, principalmente para exportação.
Competitividade e futuro da indústria são os focos para 2011
As perspectivas positivas para 2011 se devem, também, a finalização de grandes obras como a Estrada do Pacífico, bem como dos avanços na BR 364 e início das operações da Zona de Processamento de Exportação (ZPE). Outro fator preponderante foi a indicação de que o governador eleito, Tião Viana, terá a industrialização como pauta prioritária em sua agenda.
No entanto, a classe empresarial se preocupa com a manutenção da política de incentivos fiscais/tributários do governo estadual, que ainda vem sendo executada de maneira tímida. A elevação do custo do dinheiro no Brasil (TJLP), a redução de investimentos federais, as restrições ambientais e a costumeira burocracia também são pautas que inquietam o setor produtivo local, uma vez que emperram seu desenvolvimento e nublam os rumos da atividade industrial no Estado.
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