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terça-feira, 6 de novembro de 2012

4 Chaves para pais bem sucedidos


Se perguntarmos a alguém o que deseja na vida, provavelmente a resposta incluirá a palavra sucesso e felicidade. “O sucesso na vida, disse um dia Dr.Sears aos seus filhos, não será medido pelo dinheiro que ganharem ou títulos que obtiverem, mas sim pelo número de pessoas cujas vidas tiverem melhorado devido ao que vocês fizeram.” Sábias palavras que levam a uma profunda reflexão, pois o que mais queremos é ter sucesso como pessoas. E nós, pais e mães, queremos muito mais o sucesso enquanto pais e mães. O melhor negócio da vida é a família. E existem algumas chaves para pais bem sucedidos que proporemos a seguir.
Pais bem sucedidos prestam atenção aos seus filhos. Estão em sintonia com eles. Em outras palavras: estão "conectados". Para isso é necessário apurar a sensibilidade para poder perceber as limitações e potencialidades de cada um e ajudá-los a irem se aperfeiçoando como pessoas. Devemos sempre ter em mente que não estamos educando crianças e sim os adultos de amanhã. Pais bem sucedidos pensam na vida futura dos filhos em termos de caráter e consciência. E para perceber as limitações e potencialidades, para estar em sintonia faz-se necessária a convivência. O tempo partilhado entre os membros da família é extremamente importante. Há uma diferença entre "passar tempo junto" e "conviver" ou "partilhar o tempo". Pais e filhos podem estar "fisicamente juntos" assistindo a um programa de T.V, por exemplo; mas sem nenhuma interação, sem nenhuma "partilha". É de suma importância para o desenvolvimento sadio dos filhos que pais e filhos convivam para que descubram gostos, potências e habilidades.
A outra chave para pais bem sucedidos é que conheçam seu papel na vida familiar e participem ativamente. Esta chave é completada por outra intimamente ligada a ela e se refere à estar à vontade no papel de pai ou mãe. Esse papel envolve comprometimento emocional e com frequência envolvimento direto no cuidado e educação dos filhos. Para isso os pais devem cultivar características importantes como: integridade, ética, coerência entre fala e ação, clareza de propósitos e motivação. Devem, além disso, ser inspiradores e encorajadores.
Respeitar os filhos como pessoas diz respeito à amá-los e valorizá-los e serem capazes de administrar seus conflitos. Não me refiro aqui à noção sentimentalista do amor. Sem dúvida alguma a demonstração do afeto é extremamente importante, mas o amor não é um sentimento, amor é uma ação, um ato da vontade. Amar quer dizer estender-se com o propósito de nutrir o crescimento e o aperfeiçoamento do outro e isso supõe sacrifício. Quando amo, saio de mim mesmo em direção ao outro. Por isso, amor e limites, amor e educação são complementares e não podem existir sem o outro. Gosto muito do título do livro de Içami Tiba "Quem ama, educa", porque o verdadeiro amor supõe educação, orientação, limites, arestas aparadas.
ALESSANDRA LONGOBARDI NASCIMENTO PERES é professora formada pela Universidade Estadual de Londrina.  Especializou-se em Ensino de Língua Estrangeira e trabalhou durante vinte anos com adolescentes. Casada e mãe de 5 filhos com idades entre 20 e 7 anos; é pós graduada em Orientação Familiar pela Universidade de La Sabana - Colômbia e UEPG e docente da Pós-Graduação: Instituto da Família – FTSA, no Curso de Especialização em Desenvolvimento e Orientação da Família.   

A construção da memória da família


Descobrir formas de investir tempo com qualidade em sua família não é somente importante, mas vital para a estabilidade, unidade, saúde dos relacionamentos e saúde mental dos filhos.
As memórias boas são construídas na infância e na adolescência e através da escolha de tradições, rituais e oportunidades de vivenciar datas e lugares de forma simples e criativa.
É quando as crianças estão sob a liderança dos pais que se constrõem as lembranças que levamos por toda a vida, é uma co-construção onde os pais criam e lideram.
As adversidades acontecem sem que os pais tenham controle sobre elas. As perdas, os acidentes, os eventos traumáticos serão contrapostos e superados com mais saúde quando há memória de momentos alegres, divertidos e carinhosos em família.
A vida é repleta de momentos difíceis desde o nascimento, que nos fortalecem, desenvolvendo resiliência, capacidade de superação e amadurecimento. É responsabilidade dos pais, a construção de boas memórias.
A educadora Michele Borga tem estudado, pesquisado e escrito sobre este tema, como criar memória saudável e feliz da família.
Ela relata que pesquisas mostram que simples rituais aumentam sentimentos de pertencimento e aconchego e também aumento da habilidade social e desenvolvimental da criança.
A memória é construída através de momentos que se repetem e transformam-se em rituais que ficam registrados como momentos felizes e tornam-se recursos para momentos quando as adversidades chegam.
É maravilhoso ter boas memórias, e como as crianças e adolescentes vão se lembrar desta época na vida adulta? Com boas ou más memórias em famílias? Este é um grande desafio.
Como as boas memórias influenciarão sua vida no futuro? Quais as conseqüências da memória de coisas ruins?
Ron Luce, autor do livro ‘Recreate: Buiding a Culture in our Homes that is Stronger than the Culture Deceiving our Kids’ (sem tradução para português) relata que grande porção da cultura de uma família é construída a partir de coleção de narrativas e memórias, algumas verdadeiras e outras falsas, algumas engraçadas e outras difíceis. Toda esta vivência entre família cria uma atmosfera que nos define como somos.
Uma das chaves da construção da saúde da família é se perguntar constantemente: que tipo de memória estou criando agora, boa ou má?
Não é somente pensar “o que estou fazendo neste momento para minha família ou o que estou proporcionando para a mesma, mas que tipo de memória estou imprimindo na mente dos meus filhos?”
Muitos de nós temos sofrido com a ilusão de que simplesmente temos que ganhar dinheiro extra para dar mais conforto à família, mais coisas é que irão proporcionar uma boa infância e uma boa adolescência.
Constantemente nós acabamos substituindo o processo de criação de memórias significativas por presentes e coisas materiais. Também constantemente nos esquecemos que a dedicação para a criação de momentos felizes e construção de memórias boas, tem um custo irrisório, mas criarão grandes histórias de famílias e significantes lições éticas que serão guardadas na memória de nossas crianças, para que no futuro criem suas próprias heranças e legados familiares, para suas próprias crianças.
Como você gostaria de ser lembrado pelos seus filhos: como pais que fazem coisas para eles ou com eles?
Nada é mais forte do que a memória criada pela vivência em família e cabe relembrar que os pais são os responsáveis pela co-construção da boa ou má memória de seus filhos.

Fonte: http://ftsa.edu.br/midias/artigos/68-a-construcao-da-memoria-da-familia
Iara Monteiro de Castro
Psicóloga (CRP 08/02255). Terapeuta de Casal e Família pelo Chicago Center for Family Health – Universidade de Chicago. Coordenadora Geral da Pós-Graduação: Instituto da Família – FTSA